4 de agosto de 2009

:: E viva las Tartarugas Marinhas ::

Essa á a Tartaruga Pop Star:
ela coloca a cabeça para fora
do aquário para tirar foto
O All Star Vermelho passou uma manhã inteira dentro do Projeto Tamar - Bahia - Praia do Forte - vendo Tartarugas, lesmas do mar, tubarões e peixinhos mil. É um lugar muito interessante. E lá se conhece detalhes sobre tartarugas que nem imaginamos. No local existe um fóssil de tartaruga da época dos dinossauros, um esqueleto de tartaruga; o guia mostra quantos tipos de cascos existem nas taratarugas brasileiras, como elas se reproduzem (muitos não imaginam que a mesma tartaruga coloca seus ovinhos numa praia e só coloca outros 15 dias depois - e sempre na mesma praia). Lá se aprende também como salvar uma tartaruga quando a encontramos engasgada por algum "lixo" e tem até cinema.

Esqueleto e fóssil de Tartaruga

O Projeto TAMAR (Tartaruga Marinha) teve início em 1980 pelo IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal), depois IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e atualmente ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) com a finalidade de proteger as cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil (Verde, de Pente, de Couro, OLiva e Cabeçuda). De início, a situação das tartarugas era trágica, pois pessoas tinhas o hábito de matar as fêmeas que sobem às praias para a desova - isso fez com que a população, antes abundante, fosse quase extinta. Assim, o Projeto TAMAR decidiu estabelecer campos de trabalho nos principais pontos de reprodução para garantir a preservação das espécies. Foram escolhidas, inicialmente, a Praia do Forte - na Bahia -, Pirambu - em Sergipe- e Regência -no Espírito Santo. De lá para cá somam-se 21 estações que garantem o nascimento aproximado de 350 mil filhotes por ano.

Hoje as pessoas estão mais conscientes. Cerca de 300 pescadores trabalham para o Projeto TAMAR em todo o país. Eles são os tartarugueiros, patrulham as áreas de proteção e fiscalizam os ninhos. Também são desenvolvidos projetos sociais, como creches e hortas comunitárias, e outros que oferecem fontes alternativas de renda, como confecções, artesanato, programas de ecoturismo, programa de guias-mirins e várias atividades de educação ambiental. O TAMAR oferece também atividade de educação ambiental junto a escolas e instituições.

Nas áreas de desova há o monitoramento da praia pelos tartarugueiros e pesquisadores. Eles marcam as nadadeiras anteriores, identificando o animal com um número individual e uma inscrição com o endereço do TAMAR e a solicitação de que seja notificado quando e onde aquela tartaruga foi encontrada. Quando isso acontece, é possível estudar o comportamento da desova, as rotas migratórias e fazer um controle da população. É feita, ainda, análise biométrica para cada espécie, medindo o comprimento e a largura do casco.Os ninhos que estiverem em locais de risco são transferidos para trechos mais protegidos ou para os cercados nas bases do TAMAR, onde são reproduzidas as condições normais para a incubação dos ovos. Quando os filhotes saem à superfície, são contados, identificados e soltos para seguirem até o mar.

O Projeto TAMAR desenvolve atividades de pesquisa que visam aumentar os conhecimentos sobre o comportamento das tartarugas marinhas e aprimorar técnicas que possam contribuir para o trabalho de preservação das espécies. Para descrever as populações de tartarugas marinhas são realizados estudos genéticos (DNA mitocondrial) e outros que revelam informações sobre comportamento de reprodução, condição de incubação de ninhos, distribuição espacial e temporal de ninhos para as diferentes espécies e áreas de reprodução, além de comparativos referentes à temperatura de ninhos e incubação em locais diferentes.

Para maiores Informações: Projeto Tamar


Lesma: é macia!!! rs

A estrela do Mar na minha mão


* Fotos: Iêda Santos

2 comentários:

  1. Esse projeto é demais. Pela importancia e o que já fizeram, acho que nossas tartarugas já estariam seriamente ameaçadas sem eles. Bjs texto muito legal.

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  2. Elas são simplesmente maravilhosas a uma semana estive em Fernando de Noronha e tive o prazer de mergulhar com tartarugas de todos os tamanhos, lá o projeto Tamar também funciona muito bem, e se nós todos aprendecemos a viver como se vive lá certamente tudo seria mais fácil. É o respeito com a natureza que torna aquele lugar um verdadeiro paraíso.

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